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Mario Gragnani acelerou o ritmo festeiro da cidade
Às vésperas de seus 81 anos, ele deu adeus nesta terça, para tristeza de uma infinidade de amigos
MÁRIO GRAGNANI
*29.06.1939 +09.06.2020
Jundiaí vai se despedindo de grandes figuras, como foi o festeiro Mário Gragnani.
O careca estilo Kojak que adorava andar de motocicleta, que curtia o Carnaval intensamente, que sabia o que era um bom papo em uma mesa de bar, que cativava os amigos com seu sorriso largo e abraço apertado, foi embora nesta terça-feira (9). O adeus foi aos 80 anos – faria aniversário no próximo dia 29, dia de festa por São Pedro.
Marião fazia uma grande parceria com o filho Rodolfo, o Rudy. Inclusive o aniversário de 80 anos foi no Juventus Club, onde seu caçula tocava todas as sextas-feiras há mais de dez anos consecutivos – parou agora por conta da pandemia do novo coronavírus. Junto com Rudy agitava o Bar Natura, o Estrela da Ponte, o Bar do Baiano, UAI, Bar do Marcão na Ponte (na foto abaixo, no Carnaval 2020)…
Quando Rudy foi príncipe do Refogado do Sandi, Marião foi o Guardião – isto em 2009. A dupla ainda ajudou a criar o bloco Ponte Torta, em 2011, embora não fizesse mais parte da diretoria.
Marião, como gostava de ser chamado, inclusive, foi um dos primeiros a saber da criação do Refogado do Sandi. No livro “Infinita É Tua Beleza”, sobre os 25 anos do bloco, de autoria de Edu Cerioni, Sandra Tosim (a “San” de Sandi; o “Di” é de Diva Rigoni) lembrou da noite em que Erazê Martinho se aproximou dela e de Diva e disse que tinha ideia de homenagear o bar com o bloco. “Ele estava com a então namorada Carla Scarparo e também Tutu Miranda Duarte e Mario Gragnani. Responderam ser uma grande honra e todos brindaram. Brindaram a volta do Carnaval de rua em Jundiaí. Brindaram o nascimento do Refogado do Sandi, um brinde eterno à amizade”, contou.
O amigo Migo Gáspari lembra que Marião era uma pessoa à frente do seu tempo: “Se tinha Uma novidade na cidade, podia esperar que o Mário estava junto”.
Ele foi comerciante e empreendedor, com história ligada à Cica e a empresas de registro de patentes, turismo etc. Ultimamente, comercializava uma máquina de soco, o soco do cowboy, que avisava era só para diversão. Isso ele teve muita com a Turma de A Paulicéia e com os amigos do Clube Jundiaiense.
Aos 81 anos, Marião estava se preparando para passar a fazer palestras sobre princípios de marketing e como trabalhar por conta própria, o que foi interrompido pela sua partida.
Deixa a mulher Dalva, com que teve quatro filhos, Claudia, Marcelo (In memorian), Adriana e Rodolfo. Tinha também seis netos e duas bisnetas.
O sepultamento será às 16h, no Cemitério Nossa Senhora do Desterro.
“Nasci feliz, vivi feliz e feliz eu fui…”