
“Vidas Negras Importam” tem flash mobile em Jundiaí
Diante da onda racista, artistas, educadores e estudantes fazem manifestação no Centro
Quinze jundiaienses se uniram em protesto na manhã deste sábado (13), no Calçadão da Barão de Jundiaí. Todos negros, usaram roupas e máscaras pretas, respeitando medidas preventivas à Covid-19, para gritar palavras de ordem de que “Vidas Negras Importam”.
Punhos serrados foram erguidos em defesa dos direitos humanos em dia de Centro lotado por consumidores. No flash mobile, o grupo apresentou cartazes com fotos de Marielle Franco, o menino João Vitor e até de Cadu, jovem de Jundiaí que segue desaparecido desde o final de 2019, quando foi levado de um bar no São Camilo pela PM.
Jundiaí, agora, entra no cenário mundial de protestos por conta da morte do negro norte-americano George Floyd por um policial branco.
Os manifestantes dizem que o racismo vem ganhando contornos cada vez mais violentos no Brasil e também em Jundiaí.
Outro caso daqui lembrado foi do ódio racial que o fotógrafo Gabriel Souza sofreu no Eloy Chaves. Todos ali asseguram que já passaram por diferentes constrangimentos diante de seguranças de bancos, de mercados e outros.
Estudantes, artistas, educadores e representantes de coletivos de mulheres, movimento negro Círculo Palmarino, movimento LGBTQI+ foram vistos na ação que começou às 11 horas e durou alguns minutos. Ao final, eles foram embora sem promover confusão ou aglomeração.
Fotos: Ana Laura Marciano Lopes e Rodrigo Tangerino