Por José Arnaldo de Oliveira

A região central da cidade vem chamando a atenção, no meio da pandemia, com aves no eixo principal do rio Jundiaí próximo a regiões como Ponte São João, Vila Rio Branco ou Vila Argos.

Uma delas provocou um pequeno debate virtual onde a imagem originalmente amadora foi apontada por Gerson Luz como aves migratórias e identificada por Eduardo Pontes como suspeita de ser o tapicuru (Phimosus infuscatus).

Ambos são monitores de educação ambiental da reserva biológica da Serra do Japi.

Outros moradores confirmaram a presença. Para Dora Arantes, que desconfiou ser saracura a princípio, também foram vistas no rio Guapeva (que desemboca no rio Jundiaí) nessa mesma região. E para Lucimara Leite Godoy essa presença já é notada há quase três anos.

Não que a cidade tenha poucas aves – só no portal Wikiaves o município já tem 349 espécies registradas.

Mas a maioria vive nas zonas ambientais ou rurais. Outro morador, Anelso Paixão, afirma ter se impressionado mas não sabe se a poluição sonora e do ar reduzida pela pandemia tem influência. E o músico Xaci Marofa observa que nem sempre a água do rio está limpa, mas barrenta.

As andorinhas são um destaque nessa paisagem, assim como a lavadeira-mascarada ou os paturis entre outros. Os marrecos, por exemplo, como lembrou Germano Sgarioni.

Se agora houve uma redução temporária do trânsito pela crise, houve o crescimento de parte das 10 mil árvores plantadas pela Prefeitura nas margens do rio a partir de 2011 em ação movida pelo Ministério Público Estadual – e a própria despoluição, além de iniciativas da própria comunidade como plantios mais antigos.

Fotos: Reprodução