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“Não-Voto” ajudou a definir rumos da cidade pelos próximos 4 anos
Por José Arnaldo de Oliveira
Jundiaí teve 195.428 votos válidos entre 314.875 eleitores habilitados a votar em 2020. Entre brancos, nulos e abstenções deu 37,9%, ou seja, os que não votaram, um recorde de 119.447 eleitores. Isso não diminui o tamanho da vitória do prefeito Luiz Fernando Machado, mas influenciou o quociente eleitoral para as vagas de vereadores.
O cálculo é baseado na divisão os votos válidos pelo número de cadeiras da Câmara Municipal, que são 19. Neste ano, com a alta ausência, cada partido precisou em torno dez mil votos por vaga – ou menos nas rodadas finais do cálculo. É a regra.
Isso explica a razão de alguns candidatos muito bem votados não terem sido eleitos. Seus partidos não alcançaram o patamar mínimo.
Dessa maneira o PL conquistou seis vagas, o DEM três, o PP três, o PSDB três, o PSC duas, o Republicanos uma e o PTB uma.
O número de partidos na Câmara (sete) não mudou. E houve pouca renovação (15 dos 19 vereadores foram reeleitos nessa regra). O mais votado garantiu sua cadeira quase apenas com seus próprios votos.
Também é visível a base dos eleitos em territórios (bairros) e, em menor número, em religiões.
O pacote de obras com financiamento federal – que serão pagas a partir de 2021 – também pode ter pesado na reeleição, ancorada na forte aprovação do prefeito Luiz Fernando entre os votos válidos.