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Ex-FMJ, fundador da Anvisa critica regra ‘frouxa’ a quem vem de outro país
Gonzalo Vecina diz que Brasil não tem condições de acompanhar quarentena dos viajantes
O médico sanitarista e fundador da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a Anvisa, que se formou na Faculdade de Medicina de Jundiaí, Gonzalo Vecina se mostra preocupado com a variante ômicron do novo coronavírus e critica a medida do Ministério da Saúde de estabelecer somente uma quarentena de cinco dias e realização de teste RT-PCR para os viajantes não vacinados que chegarem ao país. Para ele, o Brasil deveria exigir o comprovante de vacinação contra a Covid-19 de todos que chegam aqui.
Segundo o site UOL, Vecina defende o o chamado passaporte da vacina e tem certeza de que o Brasil não tem condições de acompanhar o isolamento dos turistas que estão chegando para a temporada de fim de ano e verão.
“Temos 156 pontos de entrada no Brasil, entre aeroportos, portos e fronteira seca. Temos que ter uma bruta infraestrutura para acompanhar a entrada de viajantes que ficariam em hotéis esperando os cinco dias, e para realizar ainda um exame de RT-PCR. Não consigo enxergar a possibilidade de realizar isso num tempo de pandemia”, diz Vecina.
E completa: “O mais correto seria fazer o que mais uma vez a Anvisa corretamente propõe, que é exigir o passaporte vacinal, e quem não tem passaporte vacinal não entra no país”.
Gonzalo Vecina é graduado pela Faculdade de Medicina de Jundiaí (da turma formada em 1977), é mestre em Administração, Concentração de Saúde, pela Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas. Atuou como secretário municipal de Saúde de São Paulo, entre 2003 e 2004, secretário nacional da Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde. Foi diretor presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária. É professor assistente da Faculdade de Saúde Pública da USP desde 1988 e superintendente do Hospital Sírio Libanês desde 2007.