Jundiaí perdeu nesta quinta-feira, 27 de abril de 2023, Sebastião Fernandes Santos, o popular Foguinho. Foi com esse apelido que se tornou carnavalesco de respeito, comandando a Escola de Samba Arco-Íris nos desfiles desde o começo dos anos noventa. Nascido em Socorro, ganhou o título de Cidadão Jundiaiense em 1992.

Foi como projetista de telefonia que veio para cá. Mas foi pensando o Carnaval e colocando ideias inovadoras nos desfiles da cidade que ganhou a admiração até dos sambistas de outras agremiações. Gostava quando conseguia guardar as surpresas para a avenida, o que não era fácil com tanta gente circulando pelos ‘barracões’ das escolas no Complexo Fepasa, mas teve sucesso em muitas e muitas ocasiões.

Ajudou nos 15 títulos que a Arco-Íris, nascida em 1985, coleciona. O primeiro deles em 1995 e o último em 2019 (fez parceria com Fernando Sodelli em duas vitórias). Vale o registro: a Arco-Íris se tornou gigante no tempo em que a Eldorado deixou o Carnaval.

Foguinho tinha 73 anos e se orgulhava de contar que “comecei com o Joãosinho Trinta, em 1979, na Beija Flor do Rio de Janeiro.” Foi do Carnaval carioca que trouxe ideias, além de adereços, fantasias e a magia toda que envolve um desfile.

Em entrevista a Thiago Secco, em 2014, contou que na verde e rosa de Jundiaí assumiu como carnavalesco no lugar de outro Foguinho, uma curiosidade. E mais: que não costumava ouvir samba enredo em casa, porque “gosto de música cigana e do Bee Gees”.