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Sem Paixão e sem Politicagem
Por Douglas Mondo
Do orçamento de nossa cidade é gasto 25% obrigatoriamente com a Educação. Com a Saúde, gasta-se mais 28%. Com o custeio da máquina pública, gasta -se em torno de 45% com os reajustes (justos) que foram concedidos nos anos anteriores.
Não foi aprovado o reajuste do IPTU – por falta de sintonia com a população. E a arrecadação que vem da União e do Estado caiu demais.
Agora vem o reajuste de tarifa de ônibus e a grita por parte da população acontecerá, bem como o uso político por parte de oposição e ‘achólogos’ de plantão.
Existe lei municipal que criou o subsídio para as tarifas de ônibus. Para que ela se mantenha em torno de R$ 25 milhões em 2018, é necessário o reajuste da tarifa, sem o qual esse subsídio (do qual sou favorável, pois atende 190 mil pessoas/dia) será em torno de R$ 40 milhões.
Hoje não arrecadamos para pagar os custos e não há verba para investimentos no município.
É necessário o desenvolvimento de plano municipal de mobilidade urbana em conjunto com mapeamento com telemetria de toda a rede de deslocamento urbano por transporte público, para que seja racional e justo na cobrança de tarifa por trecho e quilômetro de utilização. Estudo e implantação racional, mas demorados.
Enquanto isso, com o aumento dos combustíveis, pneus, manutenção etc, não vejo como não haver o reajuste da tarifa pública. Não há caixa (sem politicagem) para bancar todos os gastos públicos.
Se eu fosse prefeito (independentemente de quem seja) aplicaria o reajuste em conjunto com subsídio de R$ 25 milhões ano.
Abriria as contas (como estão sendo abertas). Isso é necessário e faria o afirmado acima.
Governar com transparência e ouvir o povo é necessário e fundamental. Esse é o caminho.
Douglas Mondo é advogado e superintendente da TV Japi