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Povo e não público
Por Douglas Mondo
Quando os atores políticos são tratados como estrelas e não como servidores, quase tudo lhes é possível, pois são a encarnação fantasiosa de semideuses.
O povo brasileiro se comporta como público em show sertanejo, ao ovacionar cantiga que rima dor com amor!
Pouca crítica social e há aceitação de verdade vinda de autoridade, sem qualquer questionamento e verificação da necessidade do ato político.
Povo não é público de espetáculos, mas sim pessoas detentoras de obrigações e direitos que não se esgotam em outorga de representação mandatária.
Quem tudo aceita, por desconhecimento ou covardia, não tem direito ao avanço social, pois ele como Direito não se cede gratuitamente, se conquista.
Douglas Mondo é advogado e superintendente da TV Japi