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Quando arames de alumínio tramados viram arte
“Entreato” é mostra em cartaz no Sesão de Jundiaí até 25 de junho, com entrada franca
O Sesão Jundiaí expõe a mostra “Entreato”, composta por 15 esculturas de figuras míticas da literatura e do teatro. A exposição estará aberta à visitação pública gratuita de segunda a sexta, das 9h às 20h, aos sábados e domingos, das 9h às 17h.
Resultado de dois anos de estudos e pesquisas, a exposição dá vida a figuras dos universos míticos – literário e teatral – por meio do trabalho com modelagem de arames de alumínio tramados.
Dono de múltiplas habilidades, o escultor e ator Paulo Bordhin aproveitou seu tempo livre entre os ensaios e do espaço dos camarins para conceber e desenvolver seres alados, figuras em movimento e estruturas diáfanas suspensas que se manifestam no mundo ideal das artes.
“A experiência de trabalhar com um material portátil permitiu o aproveitamento de intervalos de tempo pulsantes de energia de outras formas de expressão e, assim, amalgamar a efemeridade do movimento sonoro e imagético do espetáculo teatral com a perpetuidade da escultura”, disse Bordhin.
Ainda de acordo com o artista, neste trabalho, além do seu uso inusitado, o arame ganha outra significação: perde a característica comercial “e a finalidade de separar e eleva-se ao nível artístico, por meio da união”.
A mostra “Entreato” já esteve exposta no MUBE (Museu Brasileiro de Escultura), em São Paulo, e na New Century Artists, em Nova York.
No Sesão Jundiaí será oferecida com recursos de acessibilidade providenciados pela ONG Mais Diferenças – piso podo-tátil, audiodescrição, legendas em braile e vídeo explicativo em Libras (Linguagem Brasileira de Sinais).
Sobre o escultor
Paulo Bordhin é gaúcho, nascido em São Luiz Gonzaga (RS) e formado em Jornalismo e Artes Cênicas.
É um artista múltiplo: escultor, designer de joias, instrumentista, compositor e ator de teatro, cinema e TV. Em São Paulo, ele participou de 20 montagens teatrais, 150 filmes publicitários, quatro telenovelas e dois longas-metragens.
Tem obras em exposição permanente na Zona D da Sala São Paulo – OSESP e em seu próprio ateliê, na Vila Madalena.
Av. Antonio Segre, 695 – Jardim Brasil.