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Bateria Azul e Branco ‘levanta até os mortos’
Turma de batuqueiros do Clube Jundiaiense ganha status de bloco com direito a festa e eleição da corte
Edu Cerioni
É de arrepiar quando Mestre Gi e seus batuqueiros aparecem no meio do desfile com o “Trovão Azul” fazendo barulho. Barulho bom, diga-se de passagem, cada ano com uma batida mais sofisticada e ensaiada. Gi comanda mais de cinquenta associados do Clube Jundiaiense que formam pelo sétimo ano seguido a Bateria Azul e Branco.
Neste Carnaval 2020, a turma mostra novo uniforme, camiseta que traz uma caveira desenhada e homenageia o Dia de Los Muertos, tradição mexicana que diz que os mortos têm permissão de vir visitar seus parentes naquele dia, ou seja, é bagunça na certa. Se lá é um feriado em 2 de novembro, aqui essa permissão da Azul e Branco foi estendida para todos os dias desse Carnaval.
A estreia foi no desfile do Chupa que é de Uva, dia 14, com eles de cartola preta cheia de acessórios e elas com um arranjo de cabelo e maquiagem para lembrar Frida Kahlo, que de mulher sofrida se tornou uma artista empoderada e ícone feminista.
Nesta sexta-feira (21), a bateria reforça a folia do Refogado do Sandi, pelas ruas do Centro. Sai da sede central, desce a rua do Rosário até a praça Ruy Barbosa e volta pela Barão de Jundiaí até a Siqueira de Moraes. De lá, deixa o desfile do Refogado e vai continuar a festa com a Saideira da Central, por volta de 18 horas – leia mais.
Na Saideira vai rolar o samba “Trovão Azul”, composição de Tom Nando de 2019. Ele é um dos vocalistas do Trio em Transe, banda que vai animar essa festa que é novidade no calendário do Carnaval do Clube Jundiaiense.
Tom Nando e parceiros também tocarão na segunda-feira, dia 24, entre 17 e 23 horas, quando acontece a festa Bloco Azul e Branco, desta vez na sede de campo.
CORTE
A Bateria Azul e Branco virou bloco e ganhou sua corte agora em 2020, com um único integrante que vem desde 2015, Tico Antunes, o porta-estandarte.
Camila Martho é a rainha. Ela é filha de Jorge Martho, que foi presidente do CJ. Toca ao lado de outros da família, como Ana Cláudia. A princesa é Carmem Silvia.
O padrinho 2020 é Valdir Zanatta, que tem a esposa Sandra Lúcia Brito Zanatta como madrinha.
Também em família está a guardiã-mirim Luisa Magalhães Lopes, que tem a irmã Paula e os pais Cristiano e Daniela como batuqueiros – foram padrinhos do Chupa.
Já o guardião é Oscar Panizza Junior e a guardiã, Sandra Berlim.