Mulher das Rosas espalha romantismo pela noite jundiaiense
Há 12 anos, Tânia Santos vende flores em bares e durante bailes de diferentes clubes
Edu Cerioni
Quem circula pela noite de Jundiaí, com certeza, já cruzou com a “Mulher das Rosas”, como é chamada. O que poucos sabem é que a vendedora de flores se chama Tânia Santos e que veio de Bauru para cá com uma missão: “Espalhar o romantismo, assim como acontece em Paris”.
Tânia conta que já teve diferentes empregos, o último antes de ser florista foi como caixa de supermercado. “Fiquei desempregada, em dificuldade para gerar renda e dessa necessidade surgiu uma oportunidade. Fui à luta e logo na primeira noite já deu certo. São 12 anos já que coloco a mão na massa sozinha”.
Ela define seu trabalho assim: “Faço desenvolvimento social. Vendendo minha rosas, eu espalho o romantismo, provo que o amor existe”.
Dona da Celp Flores Santos, ela vende cada rosa a R$ 5,00. Podem ser brancas, amarelas ou vermelhas, estas as prediletas da maioria. “Vermelho é paixão”, conta. “Vendo mais para homens presentearem mulheres, mas homem compra pra homem, mulher pra mulher e mulher também compra pra homem. E não tem idade para ser romântico, não”.
As fotos aqui foram feitas na noite de quinta-feira no Bar Natura, no Vianelo. Ela roda por alguns bares e restaurantes, especialmente pelos da avenida 9 de Julho, onde desce por um lado e sobe pelo outro do córrego “levando cores e perfumes”. Também vai a diferentes clubes, como no Grêmio, Anhangabaú e no Juventus nas noites de “Show do Rudy”.
Tânia diz que adora cada lugar que passa, mas confessa que as melhores vendas são, curiosamente, na casa noturna O Rei da Noite, na Vila Arens, talvez a diversão mais popular em preço da cidade. “Até no baile funk a rapaziada é uma belezinha. Agora, quando tem os grandes shows sertanejos ali, vendo 200, 300 rosas fácil”.
No balde que carrega nos braços cabem 150 flores e sua meta na noite é vender todas. Se precisar, pega o carro, que sempre deixa em pontos estratégicos, para ir em casa, na Agapeama, buscar mais. Ela aceita cartões de crédito e débito. “Hoje sem a maquininha você perde muita venda”.
Tânia só não conta a idade e o ganho. “Digo que vim de Bauru para me estabilizar em Jundiaí”.