Craque argentino que é tido por muitos como o único a ganhar uma Copa sozinho, faleceu em casa aos 60 anos

A Argentina chora a morte do maior jogador de futebol da sua história. Uma parada cardiorrespiratória em sua casa em Tigre, segundo o jornal “Clarín”, matou o genial Diego Armando Maradona, aos 60 anos, nesta terça-feira (25).

O campeão do mundo em 1986, Copa que ganhou sozinho no México, nunca esteve em Jundiaí que se saiba, mas ameaçou vir para cá fazer tratamento para tentar se livrar do vício da cocaína, o que acabou não acontecendo.

O “pibe de ouro” sofreu uma delicada cirurgia no cérebro no começo do mês e recebeu alta oito dias depois. Ele drenou uma pequena hemorragia no cérebro. O médico Leopoldo Luque afirmou na ocasião que a cirurgia era considerada simples, mas havia preocupação pela condição de saúde do ex-jogador.

Campeão mundial na Copa de 1986, quando ficou eternizado pelos gols que marcou contra a seleção da Inglaterra, Maradona era reverenciado e tratado como um deus na Argentina. Existe até a Igreja de Maradona em Buenos Aires.

Seu gol de mão contra a Inglaterra ficou mundialmente conhecido pela “mão de Deus”. O outro gol, em que Maradona driblou metade do time (inclusive o goleiro), foi eleito pela Fifa em 2002 como o mais bonito da história de todas as Copas do Mundo.

Maradona também jogou as Copas de 1982, 1990 e 1994, quando foi pego no exame de antidoping. Em 1990, ele e Caniggia fizeram a jogada que eliminou a seleção brasileira.

Diego Armando Maradona nasceu em 30 de outubro de 1960 em Lanús, na província de Buenos Aires, e era técnico Gimnasia y Esgrima. Apontado como um dos maiores jogadores da história do futebol mundial, ao lado de Pelé, o craque argentino começou a sua carreira no Argentinos Juniors, clube onde foi revelado e atuou entre 1976 e 1981. Logo depois, jogou um ano no Boca Juniors e se transferiu para o Barcelona, onde atuou entre 1982 e 1984. De lá, foi para o Napoli, na Itália, onde ganhou uma Copa da Uefa, dois Campeonatos Italianos, uma Copa e uma Supercopa da Itália. Maradona jogou no Napoli ao lado do brasileiro Careca, que o trouxe para visitar Campinas anos atrás.

Maradona deixa três filhas (Dalma, Gianinna, Jana) e dois filhos (Diego e Diego Fernando).

Em Jundiaí, foi esperado pela clínica Master Mind, isso em 2004, notícia veiculada na época em jornais como “Folha de S.Paulo” e outros. Ele viria em tratamento para tentar largar o vício em cocaína. Um dos responsáveis da clínica há 16 anos, Fernando de Souza Miguel, foi quem disse aos jornalistas que “uma pessoa próxima ao craque entrou em contato com eles e pediu para ficarmos de ‘stand by’ e preparar a infra-estrutura para receber Maradona”. O argentino seria transferido de uma clínica de Buenos Aires para sair dos holofotes da imprensa. Antes, Maradona se tratou em Cuba.

A Master Mind fica na zona rural de Jundiaí e é especializada no tratamento de dependentes químicos. A clínica é conhecida por ter recebido outro esportista que viveu drama semelhante a Maradona. Em 1999, o atleta João do Pulo, ídolo do salto triplo nacional, passou por aqui quando passava por um quadro de alcoolismo.

Curiosamente foi em um 25 de novembro, isso em 2016, que aconteceu a morte de Fidel Castro, líder cubano que tanto Maradona admirava.