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Jundiaqui

 Arte cenográfica nos remete a Jundiahy antiga
19 de janeiro de 2025

Arte cenográfica nos remete a Jundiahy antiga

Por José Arnaldo de Oliveira – A emoção do contato com a história de famílias que tornaram Jundiaí a “Terra da Uva” envolve os visitantes da festa em um momento mágico onde entra a arte de transformar materiais como papelão no que aparenta ser tijolos e vigas de madeira. É a arte da cenografia, que forma uma espécie de cidade cinematográfica.

“Tem muita pesquisa em livros e especialistas antes do trabalho em si. Começamos há oito anos com o projeto da casa do colono e o parreiral, depois vieram a vila italiana, a igreja do Traviú depois transferida para igreja da Colônia. E a figueira lendária e o barco, que neste ano está em viagem”, comenta a cenógrafa Juliana Fernandes.

Com uma equipe de dez pessoas, a montagem usa em torno de 400 placas de papelão, 70 litros de cola, 40 metros de tecido, madeiras, ferragens, lonas, isopor e outros, como 400 caixas vazias de uva, um caminhão de terra e muitos móveis. Tem charrete e bicicleta antigos emprestados por famílias de agricultores, homenageadas por personagens ampliados.

Alguns visitantes se emocionam ao lembrarem de seus ancestrais. Outros fazem uma oração na igreja cenográfica – que tem até sino.

O técnico em montagem Vinicius Ribela compara sua parte ao apoio de engenheiros em projetos arquitetônicos. “Tornamos possível as propostas da cenografia. No começo tínhamos que escalar, hoje usamos uma plataforma elevatória, um compressor mais adequado. E o impacto nas pessoas é o maior retorno”, diz. Da mesma área, Victor Akkas teve atuação no Hopi Hari e destaca ter sido colega da cenógrafa no CPT/SESC de Antunes Filho e J. Serroni. “A Juliana tem uma visão forte com o efeito das texturas”, destaca.

Rafael Ambrosin divide o trabalho da montagem com a profissão de ator. “Ambos se integram. Como tem grupos de atores na recepção das visitas, é como se o cenário seja o suporte que abriga e inspira”.

Para colaboradores mais novos, como Andrew Santi e Júlia Ricci, a montagem parece um desafio até as partes em andamento formarem os primeiros efeitos. “O trabalho em equipe é um aprendizado. É mágico”, diz ela. A artesã Flávia Ricci e o fotógrafo João Victor Vanderley (mãe de Júlia e filho de Juliana) endossam com a ideia de que o Brasil deve valorizar cada vez mais sua arte.

Nas paredes perto dos cenários, placas de QR Code remetem a informações adicionais que eu pesquisei junto a Leandro Nalini e Eduardo Carlos Pereira.

“Não é uma decoração fria. É um cenário, que como no teatro ou cinema leva as pessoas a entrarem na história contada”, completa Juliana.

 

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