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Jundiaqui

 Alfredo Paoletti acendeu o grande estopim da Festa Italiana di Jundiaí
19 de junho de 2020

Alfredo Paoletti acendeu o grande estopim da Festa Italiana di Jundiaí

Quermesse? Empresário viu mais longe e ofereceu a possibilidade de se criar algo diferente no bairro da Colônia

Edu Cerioni

Quis o destino que Alfredo Paoletti morresse em junho. No primeiro junho desde 1989 sem a Festa Italiana di Jundiaí. Deu adeus nesta sexta-feira (19), aos 89 anos.

Ao lado do padre Giuseppe Bortolato, criou essa que é a maior festa de bairro da cidade, inspiradora de pelo menos uma dezenas de outras.

O empresário vislumbrou nos anos oitenta que era tempo de se avançar, indo além das quermesses. Em 2019, mais de cem mil pessoas se deliciaram na festa da Colônia – saiba mais -, que voltará com tudo em 2021 e, com certeza, homenageando esse pioneiro.

Em abril de 2019, quando da inauguração da praça Mário Magaglio, na Colônia, ele se disse feliz por ver um pedacinho da Itália ali no final da avenida Imigrantes Italianos. Ganhou abraços, posou para fotos e disse que a criação da festa foi para “para fugir do tradicional”. Agradeceu os milhares de voluntários que a fizeram crescer tanto ao longo dos anos, porque “de nada vale uma boa ideia se ninguém a abraçar”.

Nascido em São Paulo em setembro de 1931 – não foi no Bexiga e sim na Moóca -, Alfredo criou o Churrasquinho Jundiaí, marca tradicional na casa da família brasileira há décadas. Era irmão de Carmelo, que foi dono da Etti. Como se vê, festa, churrasco, molho, comida… estão no DNA dos Paoletti.

Amigo do padre Giuseppe, ele guardava uma grande honraria em seu coração: a de ter recebido o título de Comendador da Igreja Católica, uma distinção assinada pelo Papa João Paulo II.

A ligação com nossa cidade lhe garantiu o título de Cidadão Jundiaiense. Ele foi também vereador de 1969 a 1973, época áurea em que atuava como rataryano. Em 1968, Alfredo ajudou a criar o Rotary Club de Jundiaí Leste, do qual foi presidente entre 1968 e 69 e de 1971 a 72.

Outro feito foi ter ajudado a criar o Circolo Italiano di Jundiaí, que se tornou preocupação nos últimos tempos por conta de ações que foram parar na Justiça. Não era assim que imaginava seu futuro, mas sim ver ali a união dos descendentes de italianos como ele.

Era formado em química industrial e foi membro ainda da Sociedade Agrícola de Jundiaí – Caxambu e presidente da ADJ – Agência de Desenvolvimento de Jundiaí.

Alfredo foi casado com Nuria, com quem teve os filhos Alfredo Junior, Carmelo Neto (com ele na foto abaixo) e Marisa, além dos netos Felipe, Mariane, Gabriele, Camila, Carol e Carina.

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