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ACE e Jundiaí: histórias que se cruzam há 100 anos
Era verão, quando em 23 de fevereiro de 1923 foi criada a Associação Commercial de Jundiahy. O nome ainda carregava dois “emes” e mais “h” e “y”, que desapareceriam décadas depois. Foi no prédio do Cassino Jundiahyense que nasceu a hoje centenária ACE – Associação Comercial e Empresarial de Jundiaí. Desde então, entidade e cidade têm suas histórias sempre se confundido uma com a da outra.
Oito comerciantes apostaram no associativismo para alavancar os negócios em uma cidade que tinha como prefeito Olavo de Queiroz Magalhães (assumiu em 1911 e só deixaria o cargo em 1927), épçoca em que o dinheiro era o réis e que o “Recenseamento Geral do Brazil”, publicado em 1920, apontava um total de 40.269 moradores, subindo para 44.437 contando a Rocinha. Rocinha era um distrito que depois foi emancipado em 1948 e ganhou o nome de Vinhedo. Só 37,6%
eram alfabetizados e os prédios no perímetro urbano somavam 1.548 ligados à rede de esgoto.
Hoje o prefeito Luiz Fernando Machado tem em mãos um orçamento de R$ 3,23 bilhões, para uma população de 409.497, segundo o IBGE. Esse total significa dez vezes mais moradores do que um século atrás. São maiores os números e também os desafios… Por isso Mark William Ormenese Monteiro, atual presidente, diz que “a proximidade ACE e Prefeitura Municipal faz todo o sentido, entes privado e público juntos por uma cidade melhor”.
No coquetel que abriu as comemorações do aniversário de 100 anos da ACE, que terá seu ponto alto em outubro com baile e lançamento de livro contando toda essa história, o gestor de Finanças do município, José Antonio Parimoschi, também falou dessa relação: “Poucos CNPJs no país têm 100 anos e isso prova a força da associação, que sempre estimulou um ambiente de empreendedorismo”.
Vale destacar que a ACE é uma comunidade de empreendedores, independente de governos e sem fins lucrativos, dedicada à representação do empresário junto ao poder público e outras instituições.
Sperandio Rappa foi o primeiro presidente. Depois vieram José Sciamarelli, Hermes Traldi, Luiz Antônio Cortina e mais 21. Ao longo do tempo a Associação Commercial de Jundiahy foi transformada em Associação Comercial e Industrial de Jundiaí (ACIJ) e ganhou novas instalações para sua sede, no terreno onde funciona atualmente o Palácio do Comércio e em 2003, seguindo a tendência nacional, transformou-se em Associação Comercial Empresarial.