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Jundiaí é uma das 9 cidades “originais” do Estado
Neste 14 de dezembro é comemorado o aniversário
Jundiahy, na grafia original, é uma das nove “cidades originais” do Estado de São Paulo, a partir das quais se desmembraram as atuais 645 cidades paulistas.
São elas, além de Jundiaí (1655-6), também São Vicente (1533), São Paulo (1558), Cananéia (1600), Mogi das Cruzes (1611), Ubatuba (1637), Iguape (1638), Taubaté (1645), Guaratinguetá (1651) e Sorocaba (1661).
A classificação não é temporal, mas por reconhecimento como vila colonial de Portugal. A ligação com Santana do Parnaíba foi essencial no início, mas mesmo sendo de 1625 conta como emancipada de São Paulo. E em 1654 foi Itu que emancipou-se de Santana do Parnaíba.
De qualquer maneira, é uma das mais antigas do país. E a abrangência de Jundiahy como cidade original paulista sobre antigos territórios de povos indígenas foi imensa.
A sua enorme área teve nada menos que 90 desmembramentos. De primeira ordem foram Mogi Mirim (1769), Campinas (1797), Itatiba (1857), Vinhedo (1948), Várzea Paulista (1964), Itupeva (1964) e Campo Limpo Paulista (1964). De Serra Negra a Franca ou Batatais, uma boa parte do interior surgiu a partir da sua área original do século 17.
Sua área mais antiga como vila está nas colinas entre os rios Jundiaí, Guapeva e do Mato – como apontado desde 2009 pelo site www.jundiahy.com.br – e ao longo das estradas coloniais.
É mais de cem anos anterior à emancipação de Atibaia em 1769. E mais de cinquenta anos anterior à mineira Ouro Preto. Embora ambas aparentem maior conservação histórica e arqueológica, é um fato. Que, aliás, costumava ser citado pelo saudoso diretor de seu principal museu, Geraldo Tomanik.
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Uma atitude singela para celebrar isso está sendo proposta pelo cientista social e jornalista José Arnaldo de Oliveira com o “DIA DO Ó” para o uso do antigo cumprimento local do “ó” nesse mês natalino. Funciona assim: substituindo o oi ou antecedendo o bom dia.
Para conhecidos, um ó curto, podendo ser sucedido pelo nome da pessoa. Para amigos mais próximos, um ó mais prolongado. Também pode ser usado na conversa entre duas pessoas para avisar da chegada de outra: ó fulana ou ó fulano.
Foto: Arthur Henrique