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Os desafios para Jundiaí como cidade sustentável
Por José Arnaldo de Oliveira
Jundiaí ficou em 17º lugar no ranking nacional do Índice de Desenvolvimento Sustentável das Cidades (IDSC), entre 770 municípios. A nota foi de 67,1 entre 100 pontos possíveis.
O primeiro lugar na região, e nacional, ficou com Morungaba (73,4). Vinhedo também se destacou, com 67,8. Itatiba ficou com 65,1. Cabreúva, Itupeva, Jarinu, Louveira e Várzea Paulista não fizeram parte do levantamento.
O importante é o foco, que no caso é a Agenda 2030. O levantamento usa dados relacionados a 88 indicadores que formam os 17 objetivos (ODS) dessa agenda global. Temos menos de dez anos para buscar essas metas.
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Os objetivos (ODS) estão em vermelho, laranja, amarelo e verde. Muito fácil de entender.
Jundiaí está verde nos ODS 7 (energias renováveis e acessíveis), ODS 9 (indústrias, inovação e infraestrutura), ODS 12 (produção e consumo sustentáveis) e ODS 14 (proteção da vida marinha). São quatro.
Jundiaí está amarela, onde pode melhorar, nos ODS 1 (erradicar a pobreza), ODS 6 (água potável e saneamento), ODS 8 (trabalho digno e desenvolvimento econômico), ODS 13 (ação climática) e ODS 17 (parcerias de implementação). São cinco.
Jundiaí está laranja, onde pede atenção, nos ODS 2 (erradicar a fome) e ODS 11 (cidades e comunidades sustentáveis). São dois.
Jundiaí está vermelha, de alerta, nos ODS 3 (saúde de qualidade), ODS 4 (educação de qualidade), ODS 5 (igualdade de gênero), ODS 10 (reduzir desigualdades), ODS 15 (proteger vida terrestre) e ODS 16 (paz, justiça e instituições eficazes). São seis.
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O mesmo sistema é usado nos indicadores distribuídos dentro de cada ODS. Vamos aos alertas em vermelho.
No ODS 2, está o baixo número de produtores rurais com acesso ao PRONAF
No ODS 3, está o número de leitos hospitalares e de unidades básicas d e saúde.
No ODS 4, o número de escolas adaptadas a alunos com deficiências ou com recursos desse
atendimento. E o percentual de jovens até 19 anos no ensino médio – e a internet nestas escolas. E ainda o número de centros culturais e espaços de cultura.
No ODS 5, a baixa presença feminina na Câmara Municipal. E a taxa de feminicídio.
No ODS 10, o Coeficiente de Gini para desigualdade, a renda dos 20% mais pobres, o acesso a equipamentos e serviços básicos de saúde, a razão entre as rendas iniciais e o percentual de população negra em assentamentos subnormais.
No ODS 11, a proporção total em assentamentos subnormais.
No ODS 15, o número de unidades de conservação de proteção integral e de uso sustentável no município.
No ODS 16, o homicídio juvenil, as mortes por agressão e a taxa de homicídio.
São 20 em 88.
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Vamos agora aos pontos de atenção, em laranja.
No ODS 1, o percentual de famílias no cadastro único de programas sociais.
No ODS 2, a obesidade infantil, o baixo peso ao nascer e a prática de agricultura orgânica.
No ODS 3, a mortalidade por doenças crônicas não transmissíveis, a população atendida por saúde da família, os equipamentos esportivos.
No ODS 5, a desigualdade salarial por sexo.
No ODS 6, a perda de água.
No ODS 11, o tempo de deslocamento da baixa renda ao trabalho superior a uma hora.
No ODS 17, investir mais recursos públicos em parcerias.
São 11 em 88.
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Os demais 57 indicadores estão distribuídos em amarelo e verde. Fruto do trabalho e até das lutas de muitas gerações.
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