Dias 20 e 21 de julho, a partir das 9 horas, tem bazar com peças e parte dos livros, aqueles títulos duplicados, do Gabinete de Leitura Ruy Barbosa.

Fechado desde dezembro de 2023, o prédio no Centro de Jundiaí será reaberto na tentativa de se arrecadar dinheiro para pagamento de impostos e dívidas com funcionários, permitindo assim o encerramento das atividades, com consequente entrega do tombado casarão e livros e documentos para a Prefeitura Municipal.

Entre os itens à venda tem mesa e cadeiras, estantes, máquinas de escrever antigas, equipamento fotográfico, telefones de décadas passadas, um piano que requer restauração e outros itens.

Os livros, garante a diretoria, são aqueles que na época do lançamento tiveram mais de um exemplar adquirido. Estima-se que o Gabinete tenha algo acima de 55 mil livros e documentos guardados.

O prédio do Gabinete tem 116 anos no Centro, em terreno cedido pelo município, com uma cláusula de obrigatoriedade de devolução em caso de fechamento, como se pretende nestes últimos meses.

Depois de viver décadas no auge, o Gabinete perdeu associados ao mesmo tempo que a internet crescia. Não eram mais que 260 pagantes, R$ 65,00 ao mês cada, quando a diretoria voluntária tomou a decisão de fechar as portas e dispensar os três colaboradores contratados.

O prédio tombado como patrimônio da cidade, pelo Condephaat, necessita de uma reforma, especialmente a troca do telhado, com risco de que chuvas destruam todo o acervo em papel que vem sendo colecionado desde 1882, como aponta sua ata de fundação.

O prédio é de 28 de abril de 1908. E guarda como seus maiores “tesouros”, quadros de Diógenes Duarte Paes, nome que batiza nossa Pinacoteca Municipal. Não vão ser colocados à venda no bazar.

A instituição privada tem como atual presidente a fotógrafa Adriana Zutini, que assegura ter buscado alternativas para evitar o fechamento, mas todas foram em vão.

Fica na Rua  Cândido Rodrigues, 301 – Centro.