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Jundiaqui

 1925 foi ano da morte trágica de Leonardo Cavalcanti
19 de janeiro de 2025

1925 foi ano da morte trágica de Leonardo Cavalcanti

Por Vivaldo José Breternitz – Leonardo de Albuquerque Cavalcanti era o segundo filho do médico Francisco de Albuquerque Cavalcanti, o Dr. Cavalcanti que foi prefeito de nossa cidade e de Alice Ulhoa Cintra.

Nascido em São Paulo em 1º de julho de 1892, estudou no Colégio São Luis e depois graduou-se em engenharia pelo então Mackenzie College, hoje Universidade Presbiteriana Mackenzie, ambos em São Paulo.

A seguir mudou-se para os Estados Unidos, para fazer um curso de pós-graduação de três anos na Escola de Engenharia Elétrica da Universidade de Princeton, onde em 1916 ganhou a medalha Charles Ira Young, concedida a pesquisadores. Neste mesmo ano tornou-se um associado ao IEEE, o Institute of Electrical and Electronics Engineers, uma das mais importantes associações profissionais de todo o mundo.

Nos Estados Unidos trabalhou para a Western Electric e para a Westinghouse; ao retornar ao Brasil, trabalhou na Cia. Campineira de Luz e Força e, em 1920, convidado pelo engenheiro Francisco Paes Leme de Monlevade, então superintendente da Companhia Paulista de Estradas de Ferro, foi trabalhar na ferrovia, que iniciava a eletrificação de mais um trecho.

Faleceu aos 32 anos, em 1925, ao tocar inadvertidamente em um cabo de alta tensão enquanto trabalhava no pátio de manobras da empresa em Campinas – sua morte foi instantânea (veja documento abaixo sobre o ocorrido).

Quem entra no Cemitério Nossa Senhora do Desterro pela alameda central, vê logo à sua direita um jazigo com uma escultura de uma jovem debruçada sobre um caixão – é a sepultura de Leonardo. Conta-se que durante o enterro, Yole Motta, que seria sua namorada, teria se lançado sobre o caixão e prometido amor eterno – Yole veio a falecer 45 anos depois, solteira, conforme sua promessa.

Aqui acima, o obituário publicado pelo Journal do IEEE.

Nota da Redação: o jazigo de Leonardo Cavalcanti, que dá nome a rua no Centro de Jundiaí, fica na quadra 2 do cemitério. Trata-se de uma sepultura em granito bruto com acabamento polido, onde há forte influência do estilo Art Nouveau, que estava em evidência nas décadas de 20 e 30, e se caracterizava pela transição dos elementos decorativos com acabamentos detalhados do estilo clássico, para as formas retas e angulares. Junto com os elementos de pedra há uma escultura, em bronze, no estilo clássico acadêmico, representando uma forte simbologia em que o artista imortalizou o momento de despedida da jovem apaixonada quando do fechamento de seu caixão.

 

 

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