É lá se foi o Cony
Pelo Dr Didi
Ouço falar de Carlos Heitor Cony desde criança, quando folheava as páginas de “O Cruzeiro” nos anos 50/60.
Crítico mordaz da política desde então.
Foi seminarista e virou ateu confesso.
Naquela época o “cross-fire” era com Carlos Lacerda, outra figura emblemática.
Era por demais interessante, para um garoto ávido pela leitura dos jornais e revistas da época, ver o embate de palavras que depois eram discutidas por meu pai e avô e amigos deles.
Criei gosto pela coisa.
Já se ouvia que eramos “uma república de bandidos”.
Como não havia internet, óbvio, as notícias duravam até a edição seguinte e aí dava tempo para a digestão.
Ia-se ao fundo da questão, até o possível desmentido, ou consumação do fato.
Hoje a mesma notícia pode ser trocada até três vezes ou mais ao dia. Depende da fonte.
Agora no fim da vida, ainda o ouvia, indo para mais um dia de trabalho, na Rádio CBN. Com a mordacidade de sempre. Sem papas na língua.
Segunda-feira, se vivo ainda fosse, iria comentar sobre o atual Ministério de Notáveis do Dr. Temer, com a escalação do Sr. Marun e da “trabalhadora” do Brasil.
Ou da possível “Batalha de Porto Alegre” no dia 24 para a defesa da “honestidade” de Luis Inácio.
Vá ao encontro do Carlos Chagas, Rubens Paiva, reencontre Juscelino. Não cruze com Castelo Branco.
Como você é um imortal aqui vai ficar para sempre nos seus livros.
Até!