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Há 80 anos, o medo por aqui era por conta da febre tifóide
Por Vivaldo José Breternitz
Nesses tempos de pandemia vale a pena relembrar os casos de doenças transmissíveis registradas pelo Centro de Saúde de nossa cidade, conforme relatava “O Estado de S. Paulo” em sua edição de 10 de janeiro de 1940.
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A doença está diretamente associada a baixos níveis socioeconômicos, principalmente em regiões com precárias condições de saneamento básico, higiene pessoal e ambiental. Se não tratada adequadamente, a Febre Tifóide pode matar – pessoas de minha família morreram nos anos 1910/1920 aqui em Jundiaí, onde praticamente não existiam esgotos.
Nesse contexto, a Febre Tifóide está praticamente eliminada de países onde esses problemas foram superados. No Brasil, a doença ocorre sob a forma endêmica em regiões isoladas, com algumas epidemias onde as condições de vida são mais precárias, especialmente nas regiões Norte e Nordeste.
Uma curiosidade: na época, o Centro de Saúde ficava na Rua do Rosário, 27; pela numeração, provavelmente ficava ao lado do antigo quartel, demolido para dar lugar a estacionamento em frente da praça Ruy Barbosa.
A foto é de pesquisadores do Instituto Adolfo Lutz, o mesmo de hoje dos exames do coronavírus, isso nos anos 40.