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 Movimento quer restaurar antiga escola da Ermida
31 de agosto de 2020

Movimento quer restaurar antiga escola da Ermida

 

Por José Arnaldo de Oliveira

Depois de um abaixo-assinado com 1.400 apoiadores, um movimento de moradores da região da Ermida, na Serra do Japi, iniciou os primeiros passos para a restauração da antiga sede da Escola Rafael de Oliveira.

“Foi um dos dias mais maravilhosos da minha vida”, afirma Edson Assis, um dos integrantes do grupo. Na sexta, 28 de agosto, representantes estiveram no local com integrantes da Fábrica de Papeis Bignardi, proprietária da área, e da Fundação Antonio-Antonieta Cintra Gordinho, vizinha com a ampla Fazenda Ermida.

A iniciativa surgiu de um grupo virtual, o “Saudosistas da Ermida”, que já teve reencontros antes da pandemia com 980 participantes.

Uma das inspirações foi a campanha Estaçãozinha Pede Socorro, no Centro, liderada pelo Instituto Envelhecer. Mas também outro grupo, que discute a sinalização das antigas estações da Sorocabana na cidade – um ramal, inclusive, chegava até a fábrica de papel e deve ter ainda trilhos enterrados. E outros movimentos de moradores em diversos pontos da cidade.

O debate agora é sobre os próximos passos, inclusive de participação dos moradores ligados à escola e a orientação técnica. Para setembro está sendo articulado um primeiro mutirão.

Muitos querem uma das salas com carteiras antigas. E lembram que além dos aspectos ecológicos importantíssimos a região tem a memória da comunidade em torno de antigas fazendas como Ibitira, Ribeirão ou a própria Ermida. E mais lendas, como um poço onde se atiravam escravos, ou curiosidades, como a estradinha conhecida como Caliplima – que entre músicos de fora do local virou Calipsom. E mais bois, causos, amizades e histórias familiares.

“Meu pai trabalhou 35 anos na fábrica e minha mãe, 30. Dos seis aos dez anos estudei na escolinha, como tantos do grupo”, diz Edson.

Como conselheiro do Compac (Conselho Municipal do Patrimônio), eu fiquei de levar aos demais uma moção de conhecimento da mobilização.

“Unidos somos mais”, reforça Sônia Castro de Oliveira, moradora do bairro.

Eles lembram que a motivação maior é totalmente afetiva. Alguns chegaram às lágrimas na visita. Ela descreve a lembrança nítida da estátua de um índio com arco e flecha na mão, na sala dos professores. E um pelourinho, usado por Mazzaropi no filme “Casinha Pequenina” gravado nas fazendas Ermida e Ribeirão.

A escola Rafael de Oliveira foi transferida para um prédio no bairro vizinho do Medeiros.

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