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Enterro aceita cartão e vai de R$ 1 mil a R$ 3 mil para quem não tem convênio
Antes era só no dinheiro, mas pandemia da Covid-19 abre possibilidade de pagamento no débito ou até no crédito
Edu Cerioni
A taxa de sepultamento é de R$ 520,00, com o caixão mais em conta para peso de até 90 quilos custando R$ 430,00. A hora do velório sai por R$ 20,00 e o transporte dali ao cemitério outros R$ 60,00. Morrer em Jundiaí custa pelo menos R$ 1.030,00 agora em abril de 2020.
A novidade é que a partir desta terça-feira (28), os velórios e cemitérios municipais passam a aceitar pagamento com cartão de débito ou de crédito. Antes, a pessoa tinha que ir ao banco e sacar o valor para dar andamento ao sepultamento do familiar.
O valor citado é o mínimo e sobe até R$ 3.010,00 se acrescentarmos a taxa de exumação de R$ 60,00 junto com a do sepultamento (total R$ 580,00) e o caixão for mais luxuoso e com capacidade para até 140 quilos, com valor de R$ 2.350,00. E isso tudo sem contar flores, velas etc.
A hora de velório não muda por enquanto, uma vez que está limitada a no máximo uma, por conta do efeito coronavírus. Se o morto foi por Covid-19 ou suspeita, não se realiza velório.
Há diferentes planos funerários em Jundiaí, quase todos com carência de um ano. Eles usam basicamente um caixão que custa R$ 790,00. E nenhum deles isenta a família de pagar a taxa de sepultamento e, caso necessário, de exumação.
Desde 20 de março, Jundiaí restringe a possibilidade de aglomerações e o contato físico entre as pessoas com velórios mais rápidos e número máximo de visitantes por sala (apenas 10 pessoas a cada 5 minutos), e também proíbe a visitação aos cemitérios.
Vale lembrar que os gastos podem subir se o túmulo a ser usado apresentar um “X” pintado, como se vê em muitos deles no Cemitério Nossa Senhora do Desterro. Isso significa que a família deve fazer algum tipo de obra – são marcados por conta de rachaduras, infiltrações de água e outros problemas.