LOADING...

Jundiaqui

 O adeus ao seresteiro da Câmara João Jampaulo Jr
8 de junho de 2020

O adeus ao seresteiro da Câmara João Jampaulo Jr

Ele gostava de uma viola e de poesias, foi também professor de Direito

JOÃO JAMPAULO JUNIOR 

Jundiaí *15.03.1954 + 06.06.2020

Jundiaiense João Jampaulo Junior disse adeus neste 6 de junho, aos 66 anos.

Era advogado, dono do escritório João Jampaulo Júnior Advogados Associados, que abriu em 1979. Com mestrado e doutorado pela PUC, foi  professor da Faculdade de Direito do UniAnchieta entre 1986 e 2012. Ficou conhecido no meio político da cidade por ter sido diretor jurídico da Câmara Municipal de Jundiaí por 26 anos.

Além de músico, foi poeta e escritor, deixando vagas agora as cadeiras nas academias jundiaienses de Letras e de Letras Jurídicas. Tinha livros sobre leis, entre eles “Qualidade de Vida, Um Direito Fundamental”. Integrou a Comissão de Valorização da Administração Pública da OAB-SP.

Sem terno e gravata, adorava agarrar sua viola em noitadas de cantoria com o grupo Pó Poeira. Fez grandes parcerias, como com o também saudoso Roberto Zambelli, Valdir Ramos, Ivan Fagundes, Alceir Franco, Jorge Perri, Colinha, Sérgio “Pig” e outros. O sertanejo raiz o levou à televisão, em programa ao lado de Anna Geromel na TV Japi, o “Raízes Brasileiras”, que estreou em 2005.

Uma de suas canções era “Ave Maria Sertaneja”, terceiro lugar com o Pó Poeira em 1981 tanto no Festival do Grêmio C.P. quanto no Festival Nacional de Mogi Mirim. Em Mogi ganhou em 1982 com “Corisco”. A letra dessa última música foi apresentada ao Laboratório de Linguística da Unicamp, que classificou o autor como “o novo Euclides da Cunha” e “Corisco” foi vista como ressurgimento moderno de “Os Sertões”, pela forma de construção dos versos.

Em 1983, o Pó Poeira se apresentou no Baile do Havaí do Clube Jundiaiense, que trouxe para cá Jorge Ben Jor como a grande atração da noite. A música, vale lembrar, começou cedo em sua vida, pois aos 7 anos já estudava violão clássico com o mestre Avelino Sacramone e violão popular e piano com a professora Irene da Conceição. Dedicou estudos a Gonzagão e Patativa do Açaré. Deu aulas de violão na Escola de Música de Jundiaí, a convite de Josette Feres.

Estudou na Argos, Divino Salvador e Colégio São Vicente de Paulo, onde tocava no conjunto Os Divinos – com direito até a disco compacto duplo gravado. Regeu ainda a fanfarra do São Vicente, onde dava aulas de OSPB, Educação Moral e Cívica e Educação Artística – sempre foi liga às artes, inclusive o teatro. Fez Direito na PUC de Campinas por dois anos e depois completou a formação no Anchieta.

Era casado com a advogada Claudia Ledur.

Dia 27 de maio, postou o Facebook: “Impossível agradar a todos. Todavia, mesmo não cativando a simpatia de alguns muitos, temos o dever da honestidade profissional e intelectual. Isso é compromisso”.

Foi sepultado neste domingo (7) no Cemitério Parque dos Ipês. Mas deixa como herança músicas como “Cantorias de Boiadeiro”, Memórias de Vivenda”, “Amor Sublime” e “Revoada”.

Prev Post

Prefeitura confirma 91 mortos por…

Next Post

Os mortos da Covid não…

post-bars

Leave a Comment