
Viola de Casarini agora é só saudade. História começou com “Meu Fuscão”
Cantor sertanejo era dono de bar junto com irmão na Rua Paulista, Vila Rio Branco
Edu Cerioni
O nome do bar diz tudo: Recanto da Viola. Mas agora ele ficou mudo sem a presença do violeiro Sebastião Casarini, que o tocava há cerca de quatro décadas junto com o irmão Nelson.
Sorriso largo, era uma mão para servir quem estava do outro lado do balcão e outra nas cordas, sempre com canções que todos conheciam. Pois Sebastião deu adeus nesta quarta-feira (27), aos 65 anos de idade, deixando uma legião de moradores da Vila Rio Branco e de toda Jundiaí entristecidos.
Era famosa a cantoria puxada pelo Casarini, que lotava o pequeno bar de amigos especialmente nas noites de quarta-feira e domingos, sempre com música ao vivo e deliciosos pedaços de carne, linguiça, batata assada etc, atraindo gente de toda a cidade. Quis o destino que falecesse exatamente numa quarta.
Sebastião Casarini nasceu em Catanduva e veio para Jundiaí nos anos 70. Aprendeu a tocar violão com o também saudoso Roberto Zambelli. Era da Associação Jundiaiense de Música Sertaneja.
A estreia foi com um disco compacto e a música lado A foi “Meu Fuscão”, do parceiro Vail Secco. Vieram outros discos, com canções como “Ciúmes não Deixou” e “Retalhos de Saudade”. Teve forte parceria com Rei do Campo, como na impagável “Tomando Mé”.
Fez apresentações com diversos sertanejos da cidade, como a dupla Leno e Piraí. Lançou CDs e deixa de legado músicas como “Quarto de Mansão”, “Pega, Lulu” e outras que um dia merecem ganhar a internet.
O corpo foi enterrado no Cemitério Nossa Senhora do Montenegro neste 27 de abril de 2022.
As fotos aqui eu fiz em 2016.