LOADING...

Jundiaqui

 Silvio Santos já fez alegria jundiaiense
17 de agosto de 2024

Silvio Santos já fez alegria jundiaiense

O Brasil se despede de Silvio Santos neste sábado (17). Morreu aos 93 anos o maior apresentador da televisão brasileira em todos os tempos. O programa que carrega seu nome vem desde 1963, sendo que de 1981 para cá no SBT, o Sistema Brasileiro de Televisão, do qual era o dono.

Ele foi internado em 18 de julho no Hospital Albert Einstein, na capital paulista, por conta da H1N1, recebeu alta dois dias depois e voltou em 1º de agosto, onde veio a falecer.

Além de invadir as casas jundiaienses pela telinha, Silvio esteve aqui em pelo menos uma oportunidade, como mostra a foto mais acima de 1967, ao lado da atriz Georgia Gomide, no Clube Jundiaiense.

Em 27 de dezembro de 1968 foi a vez de Jundiaí ir ao seu programa, o “Cidade contra Cidade”, lançado naquele ano pela TV Tupi – Canal 4 (já extinta). E fizemos bonito!

O programa promovia uma competição entre duas cidades convidadas, que entravam em uma gincana apresentando talentos e curiosidades, provas que valiam pontos e dava como prêmio uma ambulância ao vencedor. Tudo transmitido ao vivo para os poucos aparelhos de TV que existiam na época – assim, se fazia torcidas em algumas casas.

Jundiaí ganhou de Bebedouro. Algumas das tarefas foram cobrança de pênaltis, concurso da miss e de cantora e jogo das palavras, entre outras. Cada cidade também arrecadou envelopes com 100 cruzeiros cada e os entregou a Silvio Santos, sendo que o valor foi doado para um hospital da cidade adversária. Até nisso Jundiaí se saiu melhor: doou Cr$ 36 mil e recebeu Cr$ 43.500.

O “Cidade contra Cidade” ficou no ar até 1971 e retornou depois entre 1977 e 1980. Deixou a Tupi para ir ao SBT de 1988 a 1989.

Ganhador na primeira, Jundiaí acabou perdendo para Sorocaba na segunda disputa, isso em janejro de 1971, na final estadual. Os dois foram eliminando concorrentes até a decisão. E olha que a cidade se movimentou muito para brilhar, inclusive com dinheiro público. Como se vê no documento acima, da Câmara Municipal, o prefeito Walmor Barbosa Martins tirou verba de combustível para aplicar Cr$ 10 mil nos preparativos para a gincana televisiva. Já era uma nova versão, com a programação remodelada.

Entre outros, estiveram no ar o Carlito Jundiaiense e o Coral Pio X, com um trecho de ópera.

CAÇA-TALENTOS

Muitos artistas e candidatos a artista de Jundiaí já passaram pelo programa de Silvio Santos. Quem fez bonito, embora danado, foi o ator Gianlucca Mauad, que em 2018 participou da “Pegadinha do Silvio Santos”, com inspiração no filme “It: A Coisa”. O garoto pedia ajuda para que as pessoas pegassem seu barquinho que caiu no bueiro e esse pessoal de bom coração acabava levando um grande susto de um palhaço macabro que estava escondido lá dentro. Gian também fez novela no SBT – relembre.

Já a última notícia que relacionava Silvio Santo com a nossa cidade, pelo menos indiretamente, foi de maio passado com seu diretor de auditório Roque, um braço direito do apresentador, que foi internado aqui no Hospital Santa Elisa – já recebeu alta.

QUEM FOI

Silvio Santos nasceu Senor Abravanel, em 12 de dezembro de 1930, no Rio de Janeiro. Filho de imigrantes de origem judia, foi camelô por volta dos 15 e 16 anos. Ele estudou contabilidade. Serviu o Exército e aos domingos passou a trabalhar para uma rádio carioca como locutor. Pegou gosto e nunca mais parou – mesmo que fosse fazendo anúncios em caixa de som na barca Rio-Niterói.

Veio para a Rádio Nacional de São Paulo em 1954. Assumiu em 1958 a empresa Baú da Felicidade, que era antes de Manuel de Nóbrega, e passou a fazer shows em circos para vender carnês.

Em 1958 lançou seu programa “Hit Parade”, na TV Paulista, que depois foi comprada pela Globo, onde fazia o “Programa Silvio Santos”. Em 1965 passou a aparecer tanto na Globo quanto na Tupi. Sucesso de audiência com “Festa dos Sinos”, “Sua Majestade: o Ibope”, “Cidade contra Cidade” e “Silvio Santos Diferente”.

Virou dono de emissora em 1975 – venceu a concorrência para adquirir o Canal 11, do Rio de Janeiro, e no ano seguinte, inaugurou a TVS. Em 1976, ele saiu da Globo. Seu programa passou a ser transmitido na Tupi e TVS do Rio. Ganhou outras concessões e, em 1981, entrou no ar o SBT e quadros que ficaram famosos, como “Domingo no parque”, “Qual é a música”, “Show de calouros” e, em especial, “Porta da esperança”.

Uma de suas principais marcas era a de jogar notas de dinheiro em formato de aviãozinho, que enlouquecia a plateia. Isso era antecipado pelo bordão “Quem quer dinheiro?”. Ficou milionário.

Silvio Santos cantou marchinhas de Carnaval e foi enredo de desfile no Rio.

Ele até se anunciou candidato a presidente da República em 1989 – isso poucas semanas antes do primeiro turno da eleição, mas a candidatura foi indeferida.

Deixa a viúva Íris Abravanel, com quem era casado desde 1978 e teve as filhas Daniela Patrícia, Rebeca e Renata. Também era pai de Cíntia e Silvia, do primeiro casamento, com Cidinha, falecida nos anos 70.  Cíntia, inclusive, tem quadros em exposição aqui na cidade até 3 de setembro – leia.

Agora “a pipa do vovô não sobe mais”. Foi-se para lá o apresentador, vem aí o mito Silvio Santos.

Fotos: Gazeta de Bebedouro, Prof. Maurício Ferreira e Divulgação
Prev Post

“Arte de A a Z”…

Next Post

Rudy leva Elvis ao Polytheama

post-bars

Leave a Comment