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Jundiaqui

 A volta da nossa vida (quase normal)
24 de março de 2022

A volta da nossa vida (quase normal)

Por Kelly Galbieri

Março de 2020 – Nunca poderíamos imaginar o que estava por vir. Recebemos uma ligação no trabalho dizendo que era para ficarmos em casa por alguns dias. Me lembro que, já na porta, indo embora, alguém disse que poderíamos ficar até maio daquele ano sem trabalhar presencialmente.

Parecia piada (de mau gosto, claro). Mas o que se viu foi muito mais sério e prolongado. Não saíamos de casa para nada… No máximo uma corridinha até o supermercado ou à farmácia do bairro. E ainda lavávamos os alimentos antes do consumo. Ah!, e trocávamos toda a roupa assim que retornávamos para casa.

Já naquele mês montamos uma equipe no trabalho para embalar e distribuir máscaras à população. Foram longos dias e noites ensacando, dobrando, amarrando e armazenando máscaras de pano confeccionadas por voluntários ou que recebíamos através de doação de empresas da cidade.

Fevereiro de 2021 – Começamos a auxiliar a equipe da Saúde de Jundiaí na vacinação dos munícipes. Os primeiros meses foram difíceis, já que eram poucas vacinas para tanta demanda. Então, através de agendamento em site da Prefeitura as pessoas se programavam para o grande dia. Ir até o Parque da Uva e ser vacinado era o sonho de muitos, independente da faixa etária.

Até os dias de hoje quase um milhão de doses foram aplicadas no nosso município. E tantas outras estão atrasadas. E continuamos ali, firmes e fortes fazendo a alegria daqueles que querem a imunização, no mesmo parque, na mesma função.

Março de 2022 – Enfim foi liberada a obrigatoriedade do uso de máscaras. Sabemos que em alguns lugares, como equipamento de saúde e transporte público, nada mudou: máscaras são obrigatórias. Algumas pessoas (inclusive eu) ainda não têm coragem de abandonar este acessório que foi incorporado ao nosso visual há exatos dois anos. Outros já se sentem encorajados a mostrar completamente o rosto. Engraçado como tem pessoas que quando conhecemos já usavam máscara e imaginamos o rosto tão diferente do que se apresenta agora, não?

Não podemos deixar de pensar naqueles que se foram nesta pandemia, por um motivo ou por outro e nem pudemos nos despedir direito.

Mas o momento agora é de celebrar… com cautela, com muito cuidado, mas é hora sim de pensarmos em rever os amigos, família, viajar, passear e retornar à nossa vida. Parece que os abraços ficaram mais emotivos, os sorrisos com maior emoção e as amizades que sobreviveram a tanto desencontro se fortaleceram.

Será que este ano teremos a nossa festa junina? Fez uma falta danada em 2020 e 2021. Não podemos viver sem quentão, vinho quente, milho cozido, salsichão e tantas outras guloseimas. Tudo isso ao redor da fogueira, abraçados com nossos queridos familiares e amigos.

Enfim, estamos começando o ano. Não de 2020, mas de 2022. Perdemos dois anos com esta pandemia, então não dá para perder mais nenhum dia. Vamos viver toda forma de amor juntos!

Kelly Galbieri é advogada

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